Só na segunda-feira é que percebi realmente o que os tipos da Radar queriam dizer quando falavam n'"a voz" ao referir-se a Antony and The Johnsons. Era Maio, e durante as minhas viagens diárias de carro ao som da 97.8, ouvia vezes sem conta (em repeat, como eles diriam) um anúncio ao concerto de Antony na Aula Magna. Ouvia-se o locutor a dizer qualquer coisa como: no próximo dia 31, Lisboa vai receber a voz, e por trás um tipo com uma voz um tanto ao quanto particular a cantar "forgive me / let live me / set my spirit free". Não conhecia o tal Antony, nem os seus amigos Johnsons, mas desde logo aquilo entrou-me no ouvido (e não apenas pela quantidade de vezes que ouvi o anúncio e uma qualquer música do seu disco "I am a bird now" que passava depois). Fiquei com curiosidade de ir ao concerto, mas rapidamente soube que os bilhetes estavam esgotados.
Entretanto passaram-se uns meses, fiquei a conhecer o disco do qual apenas algumas das músicas me eram familiares, e soube que Antony and The Johnsons voltavam a Lisboa. Desta vez apressei-me em comprar o bilhete, e lá estava no Coliseu para os ouvir.
Desde logo deparo-me com a figura de Antony, a de um ser um pouco andrógino não muito à vontade, tímido, mas no momento em que começa a entoar os primeiros versos das suas canções, esta figura torna-se muito mais forte e ganha um novo sentido. A sua voz e os arranjos transformam o espaço da sala numa dimensão diferente. As melodias melancólicas remetem-nos para um estado de espírito de calma e paz, apesar de o conteúdo das letras remeter-nos para um universo não tão pacífico.
Não tão positivo foram as sucessivas palmas do público no princípio de cada música, que nos faziam perder os seus primeiros 3 versos. E até mesmo numa ocasião, o público bateu palmas numa pausa, fazendo com que os actuantes perdessem a vontade de acabar o tema. Um público indisciplinado, ou talvez ignorante.
No fim, talvez tenha ficado com uma ligeira impressão da similaridade dos temas entre si, mas ainda assim, com uma sensação de satisfação e os 20 euros do bilhete dados como bem gastos.
Entretanto passaram-se uns meses, fiquei a conhecer o disco do qual apenas algumas das músicas me eram familiares, e soube que Antony and The Johnsons voltavam a Lisboa. Desta vez apressei-me em comprar o bilhete, e lá estava no Coliseu para os ouvir.
Desde logo deparo-me com a figura de Antony, a de um ser um pouco andrógino não muito à vontade, tímido, mas no momento em que começa a entoar os primeiros versos das suas canções, esta figura torna-se muito mais forte e ganha um novo sentido. A sua voz e os arranjos transformam o espaço da sala numa dimensão diferente. As melodias melancólicas remetem-nos para um estado de espírito de calma e paz, apesar de o conteúdo das letras remeter-nos para um universo não tão pacífico.
Não tão positivo foram as sucessivas palmas do público no princípio de cada música, que nos faziam perder os seus primeiros 3 versos. E até mesmo numa ocasião, o público bateu palmas numa pausa, fazendo com que os actuantes perdessem a vontade de acabar o tema. Um público indisciplinado, ou talvez ignorante.
No fim, talvez tenha ficado com uma ligeira impressão da similaridade dos temas entre si, mas ainda assim, com uma sensação de satisfação e os 20 euros do bilhete dados como bem gastos.
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